Reportagem na revista Época sobre “superidosos”

Alguns trechos da reportagem de Rafael Ciscati para a revista Época, da qual participei como entrevistado.

O título da matéria publicada em março de 2019 foi “Ciência tenta entender o que torna especiais os cérebros dos ‘superidosos'”.

Abaixo alguns trechos da reportagem…

Pesquisas querem desvendar por que parte dos idosos, alguns com mais de 80 anos, tem desempenho cognitivo semelhante ao de jovens

Aos 82 anos, o paulistano Michael Zeitlin, outro dos superidosos de Studart, atribuiu a boa memória às exigências dos tempos de colégio. “A direção do Arquidiocesano era muito rígida”, contou ele, enquanto aguardava o almoço ser servido em uma churrascaria em Americana, cidade do interior de São Paulo.

Filho de pais russos, Zeitlin nasceu em Berlim, mas veio cedo para o Brasil. Na infância, foi educado no Arquidiocesano, uma instituição religiosa e tradicional da capital paulista. Por lá, o aluno que se comportasse mal recebia, como punição, trechos de livros que deveria decorar. “Acho que foi ali que afiei minha memória”, disse.

Teve outras oportunidades ao longo da vida. Zeitlin se dedicou por anos à carreira acadêmica, e chegou a dirigir a Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. Paralelamente, se ocupou com atividades complexas, como os negócios de uma empresa de consultoria que abriu com o amigo, o ex-governador de São Paulo Mário Covas. E a direção da secretaria de Transportes do estado, que comandou durante o tempo em que Covas foi governador. Zeitlin, inclusive, atribui ao amigo de faculdade seu principal deslize de saúde: “Quando mais jovem, o Mário fumava muito. De tanto conviver com ele, acabei virando fumante passivo”, brincou.

Hoje, Zeitlin lidera  os negócios da família, que atua no setor imobiliário. Vai diariamente ao escritório e mantém uma agenda de reuniões com políticos e potenciais clientes. Seu desejo é deixar o terreno preparado para que os filhos assumam essas atividades. Por alguns semestres, fez um curso de escrita criativa, que pretende retomar quando se aposentar de vez, num futuro ainda não definido. Quer escrever suas memórias, para manter a cabeça ocupada.

Na rotina atribulada, no entanto, sempre encontra espaço para espairecer: “Gosto de tomar meu café da manhã com calma. E de viajar com minha mulher”, contou. Nessas ocasiões, consegue se desligar das preocupações.

Para ler a reportagem completa no site da revista Época, acesse:

https://epoca.globo.com/ciencia-tenta-entender-que-torna-especiais-os-cerebros-dos-superidosos-23561043